Ser mãe é…


Ser mãe é, de longe, o “trabalho mais exaustivo que eu já fiz, sem fim de semana, festas ou feriados. 

Ser mãe é, de longe, o “projeto” mais difícil que eu já planejei e executei, mesmo porque é um “projeto” vivo, com vontades próprias, personalidade, um “projeto” difícil de controlar, cheio de imprevistos e mutações constantes. Quando você acha que sabe tudo do “projeto”, que tem todas as respostas, ele traz novas perguntas. 
Ser mãe é, de longe, o maior medo que eu já senti. Medo de errar, medo de não dar conta do recado, medo de cuidar de outra vida além da minha, medo de ser julgada, de julgar, de educar, de amar de menos, de amar demais.

Ser mãe é, de longe, o maior sinal de abdicação da vida. É abrir mão da comida quentinha, das noites inteiras de sono, das festas com os amigos, do passeio no shopping, das conversas o telefone, do cinema com o marido, dos Happy Hours com o pessoal do trabalho. Essa abdicação pode durar um tempo, mas, para a maioria de nós mães, dura a vida toda, em maior ou menos intensidade, de acordo com cada fase dessa vida conjunta de mãe e filho.
Ser mãe é, de longe, o maior “tapa na cara” que eu já tomei da vida. Sim, cara amiga mãe, porque nós sabemos que a maternidade real está longe, bem longe, muito longe de ser parecida com o comercial de margarina. Mas é fato que só sabemos o quanto é difícil depois de nos tornarmos mãe. 

Ser mãe é, de longe, o maior sentimento de solidariedade com o mundo, especialmente com outras mães. Sabe aquela mãe que você caia matando em críticas quando você não tinha filhos, que você vivia crucificando porque as crianças dela faziam birra, comiam açúcar, não mamavam no peito, eram mimadas, choravam no restaurante, assistiam TV e dormiam tarde? Aquela mãe que antes você condenava por agir assim ou assado, agora sou eu, é você, somos nós, queridas. O mundo dá voltas. Bem vinda ao time!

Ser mãe é, de longe, a maior perda de si mesma. A gente se perde no caminho e nem percebe. Perde a identidade mesmo, sem saber quem somos nós, quem fomos e quem seremos sem as nossas crias. Ser mãe dói. Dói lá no fundo perder-se de si mesma, sem muitas vezes saber como se reconstruir, nem quando. É contraditório construir, no sentido de zelar e educar, outro ser e perder-se a si mesma par dar vida ao outro. Ainda sou mãe nova, de primeira viagem, ainda não achei o caminho da minha própria reconstrução. Dizem que ele existe, mas demora, então, conto para vocês numa próxima vez.

Ser mãe é doar-se de corpo, alma, instinto, coração e o que mais tiver para doar para um filho, sem pedir nada em troca. E, o “pior”, sabendo que um dia esse filho se vai. Vai seguir seus próprios rumos, vai entrar nos próprios prumos, vai saindo da sua vida discretamente, sem dizer adeus, deixando um ninho vazio, mas, ainda sim repleto de amor, seu e dele. Não é fácil criar um filho para o mundo, mas é necessário. De todos as dores da maternidade, eu acho que ainda, essa de desprender-se é a maior. 

Mas, ser mãe é, ao mesmo tempo, de longe, a maior alegria da vida, o maior amor do mundo. Um amor infinito, indescritível, incomparável, inexplicável, incondicional. É ser piegas a ponto de ser chato, ter como assunto só o filho, mostrar para os amigos, tirar um milhão de fotos, vibrar com o primeiro sorriso, o primeiro abraço, o primeiro” mamãe” falado, o primeiro “eu te amo, mãe” e, depois descobrir que não se vibra só com os “primeiros”, mas com todos, para sempre, enquanto nós existirmos nesse plano.  

Ser mãe é derramar amor, ter um coração batendo fora do peito. Ser mãe é, de longe, a melhor experiência da vida. Se eu não tivesse até hoje feito nada de bom na minha vida e com a minha vida, ainda assim, ser mãe bastaria justificar a minha existência, porque eu, particularmente, ainda não encontrei nada na vida mais sublime do que ser mãe.
 

KUMON – Promoção Especial da unidade Higienópolis/Pacaembú


Kumon é um método para as crianças desenvolverem concentração, independência, disciplina e organização. 

A melhor herança para os nossos filhos é uma sólida capacidade de estudo. Eu concordo plenamente. O melhor que meus pais me deixaram e também é o que eu quero deixar para os meus filhos é educação.

O método Kumon, que está presente nos 5 continentes, aplicado em mais de 44 países no mundo para mais de 4,5 milhões de alunos, é um método de estudo individualizado que busca formar alunos autodidatas e autoconfiantes, por isso o método não se restringe apenas a melhoria das notas escolares, ele foi criado para estimular capacidades que serão usadas em todas as áreas da vida, como a concentração, independência, disciplina e organização.

Todas essas características demonstram que o método não tem restrições a faixas etárias e é indicado para todas as idades e perfis de alunos. Na Unidade Higienópolis há alunos de 3 a 85 anos. O objetivo é estimular mentes e exercitar cérebros, já que esta é a única maneira de se manter ativo e ter boa memória durante toda a vida. Além disso, não há separação de turmas por faixa etária, já que o método respeita a individualidade e o ritmo de desenvolvimento de cada aluno.

O indivíduo que recebe somente o peixe pescado (herança) crescerá sem a oportunidade de aprender a pescar (capacidade de estudos).

O método Kumon consiste em fazer o indivíduo aprender a pescar o próprio peixe, para que seja capaz de agir por si, ser perseverante nas suas atividades, ter a capacidade de concentrar-se no que está fazendo, desenvolver a postura de aprender por toda a vida, formando pessoas capazes de enfrentar desafios, buscar os próprios sonhos e ter um compromisso com a própria aprendizagem. Já testou com seus filhos?

A Unidade Higienópolis/Pacaembú do Kumon, localizada na Rua Tupi, 496 – sala 1 (São Paulo – SP) é parceira do blog “Maternidade em Cena”, com isso os nossos leitores e seguidores das redes sociais tem uma aula grátis para conhecer de perto o método. A promoção é válida apenas para a unidade Higienópolis/Pacaembú e é necessário o agendamento prévio através do telefone (11) 2801-7787 com a orientadora Carolina Diniz, mencionando o código “Maternidade em Cena”. Não perca essa chance!

Feliz Dia dos Pais Presentes

Quando eu me lembro da minha infância, me lembro muito mais da minha mãe, confesso, mas isso tem um motivo totalmente justificável. Ela era professora e eu estudava na escola na qual ela dava aula, então, automaticamente, passávamos quase 100% do tempo juntas, sem falar na paciência infinita e amor à criança que tinha minha mãe, o que me beneficiava com uma criação sempre presente e totalmente estimulante. 

Meu pai trabalhava fora e estava sempre ocupado com as coisas do trabalho. Eu o via à noite nos jantares e nos passeios de fim de semana, mas ele sempre estava ali. Com seu jeito meio durão, bastante mau humorado, criado em condições adversas, ainda assim, as recordações que tenho dele são de aquecer o coração, porque comigo era diferente. Na minha relação com ele eu era (e continuo sendo) a menininha do papai. 

Ele sempre quis uma filha mulher. Achava que seria mais fácil lidar e teria menos conflitos com a personalidade forte dele. No entanto nasci eu, uma garotinha fofa, mas com personalidade tão forte e tão parecida quanto a dele. A vida não podia ser perfeita, não é mesmo? Claro que na adolescência surgiram conflitos entre eu e meu pai, mas sempre conciliados com o amor e paciência da nossa maior força, minha mãe. 

Mas hoje, sendo mãe de dois filhos, olho para trás e as recordações com meu pai são as da presença dele. Nem sempre ele e minha mãe tiveram condições de me dar a vida que gostariam, mas sempre me deram essencialmente amor, educação e presença, o que é realmente importante e impagável.

E do meu pai eu me lembro das cócegas na barriga, de andar sob os pés dele pela casa, dos espaguetes que ele fazia de madrugada e me ofertava com carinho quando eu acordava no meio da noite, dos passeios no aeroporto para ver os aviões pousarem e decolarem, de passar na Feira do Bixiga aos domingos de mão dada, de ir com ele cortar o cabelo e ganhar pão de queijo, dos tênis que ele me comprava e tinham cheirinho de chiclete, de quando eu ligava no seu telefone no trabalho no meio do dia e pedia que ele me trouxesse uma “surpresa” à noite e ele me vinha com chocolates ou com baralhos de animais ou joguinhos de tabuada. 

Lembro das viagens para Petrópolis, sua terra natal, ou para o Guarujá no verão, dos sorvetes na praia, da prancha de surfe, dos castelos na areia e até da vez que quase nos afogamos quando uma onda nos pegou de jeito, mesmo com a água abaixo da cintura. 

Eu me lembro de como foi difícil apresentar para ele cada namorado que eu tive porque a aprovação do meu pai era essencial pra mim. Eu me lembro como foi dançar a valsa com ele na festa de formatura do colégio e no meu casamento. E me lembro que meu pai estava lá a cada conquista, seja tirar a carta de motorista ou passar na faculdade. E meu pai estava lá nos perrengues também, quando a gente mal tinha o que comer em casa ou quando dividíamos a mesma blusa vermelha de frio no inverno, que vestia ele, eu e minha mãe em horários diferentes do dia, porque não havia dinheiro para comprarmos uma blusa para cada. Ou então quando tive trombose e ele esteve lá ao meu lado desde o primeiro atendimento no hospital.

Eu me lembro dele comigo em cada uma das minhas entrevistas de emprego, me levando até elas e esperando pacientemente na porta para saber o resultado. Lembro do meu pai indo me buscar nas baladas ou no cinema, para garantir minha volta para casa, me esperando às vezes horas na porta.

Lembro de terminar um namoro de anos e voltar para casa aos prantos, ligar para meu pai me ajudar a estacionar o carro e chorar no colo dele no banco do passageiro até as lágrimas secarem. E me lembro de quando contei para o meu pai que eu ia me casar com meu marido, o outro amor da minha vida depois dele, e de como foi linda a nossa caminhada juntos até o altar em um dos dias mais lindos e importantes da minha vida.

Lembro da alegria dele ao contar que eu estava grávida de cada um dos meus filhos e me lembro da expressão de alegria contida do meu pai (é o jeito dele) quando dei à luz aos netos dele. E como foi bonito e único vê-lo segurar meus filhos nos braços pela primeira vez, mesmo sem jeito, mesmo com medo de deixar os recém nascidos caírem. 

E ainda hoje eu tenho os carinhos e a presença do meu pai, não só comigo, mas com meus filhos, que também carregarão no coração as lembranças da presença do avô.

Feliz Dia dos Pais Presentes! Porque paternidade é tão importante quanto a maternidade e o melhor que um pai pode oferecer ao filho é a sua presença. Obrigada pela presença constante, Pai! 

O que posso desejar a vocês, meus filhos?


Meus filhos, eu como mãe, lhes daria o mundo, mas, ao mesmo tempo tenho que reconhecer que ter tudo não é garantia de felicidade, então, só lhes desejo o necessário.

Desejo a vocês a saúde necessária para que possam ter uma vida plena e equilibrada, sem os infortúnios de doenças. Vocês não precisam ter corpos atléticos e sofrer tentando seguir os padrões de beleza dos outros. Que vocês aprendam que saúde é mais importante que beleza e que a beleza externa é advinda dos olhos de quem vê, por isso, aprendam a embelezar suas visões sobre si mesmos. 

Desejo a vocês não uma legião de amigos, mas somente os amigos necessários, aqueles que os acompanharão pela vida e com os quais vocês poderão contar nas horas difíceis. Aqueles amigos que falarão verdades, mesmo que te doam, aqueles amigos com os quais você poderá rir e chorar sem julgamento e com os quais terão histórias para contar para seus filhos.

Desejo a vocês que não tenham o trabalho que lhes traga só dinheiro, mas sim aquele que lhes traga satisfação pessoal, no qual você sinta alegria em executar e que tenha um propósito no mundo.

Desejo a vocês não um caminho pleno de conquistas desenfreadas e a qualquer preço. Desejo que tenham as conquistas necessárias para entenderem que a vida não é fácil, que batalhar pelo que se quer não é fácil, que vez ou outra vamos perder as batalhas, mas que são essas perdas que jos fortalecem para seguir os nossos caminhos. E que as conquistas são muito mais importantes quando há esforço e dedicação de nossa parte. Tudo o que vem fácil, vai fácil, porque o importante não é o prêmio nunca está no final, mas sim no percurso.

Desejo a vocês que viagem para conhecer o mundo, mas só o necessário, para que tenham respeito e empatia por outras culturas e pelas diferenças, mas que saibam que voltar para casa, seu porto seguro , é o melhor dos mundos. 

Desejo a vocês que tenham a educação necessária. Não aquela para serem os melhores da turma com cobranças exageradas sobre si mesmos ou aquela que os tornará arrogantes achando que tudo sabem. Desejo a vocês a educação necessária que os promova o crescimento e que os ajude a entender que somos eternos aprendizes.

Desejo a vocês que tenham a paz necessária, não a paz plena o tempo todo, porque até mesmo para se atingir o Nirvana é necessário conhecer ter o desassossego do mundo e da alma para saber o quão importante é livrar-se deles na busca da própria paz.

Desejo a vocês que encontrem o amor (em qualquer forma) necessário para alegrar suas vidas, trazer novas experiências, tornar mais leve e divertido suas estadias nesse mundo, mas, principalmente, desejo que saibam que o principal amor é o amor próprio. 

Não desejo a vocês a felicidade plena, pois ninguém é feliz todos os dias e a tristeza faz parte da vida. Desejo a vocês alguma tristeza, mas somente a necessária, para que se lembrem que a felicidade está no caminho, nas pequenas coisas, e não na chegada. 

Amo vocês, meus filhos!

A hora da bruxa nos bebês 


Sempre digo que a maternidade foi um tapa na minha cara e por mais que eu me achasse preparada para ser mãe, a prática me pregou uma peça e trouxe mil dificuldades para lidar.
Me lembro que com o meu primeiro filho o fim do dia era (mais) um caos. Era um choro inconsolável que não havia peito que resolvesse, nem colo que acalmasses, nem música, nem balanço, nem nada. Por um tempo era desesperador e eu, como mãe de primeira viagem, ficava tão desesperada quanto ele. Pensava se podia ser dor, cólica, fome, fraldas, mas nunca descobria. 

Depois de uns dias percebi que essas crises aconteciam sempre no mesmo horário. Por volta de 18 e 19h, quando eu estava ainda na licença maternidade, bem cansada do dia exaustivo com o bebê e meu marido não tinha chegado em casa do trabalho ainda. Aquele tempo de choro do bebê e a chegada do meu marido me parecia um tempo eterno. E, por ironia, eu sempre conseguia fazer o bebê dormir antes do meu marido chegar em casa, ou seja ele nunca via esse “filme de terror” comigo e sempre achava que eu estava exagerando ao falar que o bebê só chorava e eu não conseguia saber o que era.

Por algum tempo mediquei o bebê nesses horários achando que o mas provável era que ele sofria de cólicas, mas, aos poucos percebi que não resolvia e reparei que os episódios de choros agudos aconteciam no mesmo horário. Fiquei pensando que raio de cólica programação era aquela e comecei a buscar explicações para isso até que houve falar na expressão “a hora da bruxa” é tido passou a fazer um enorme sentido para mim. 

A tal da hora da bruxa nada mais é do que um acúmulo de irritação ao fim do dia, no qual o bebê busca extravasar o estresse do dia e a estimulação que recebe direta ou indiretamente. Nessa hora o estresse do bebê se junta com o da mãe, já cansada também e o bebê, como uma esponjinha, absorve esses sentimentos e irritação e busca descarregar. 

O choro da hora da bruxa é “sem motivo”, ou seja, não é dor, fome, frio, nada além de puro estresse e cansaço. 

Bebês são como esponjas e absorvem tudo o que acontece no ambiente, principalmente o que se passa com a mãe, por isso a hora da bruxa é quase uma sessão de descarrego, de ambos os lados. O fim do dia culmina em bebês cansados pelos novos estímulos, atividades e descobertas, mas também pais cansados e com a paciência diminuída. O choro é quase inevitável. 

Nessa hora o importante é criar um ambiente calmo e de conchego para o bebê, diminuir os sons da casa, reduzir as luzes, dar colo e ter muita paciência. O amor e o carinho da mãe é o que os pequenos querem para sentirem-se confiantes e seguros para relaxarem e o choro cessar.

Meus filhos, isso é o que eu gostaria que vocês se lembrassem


Nem de longe sou uma mãe perfeita. Eventualmente vou ter meus dias ruins, vou brigar com vocês, estarei de mau humor ou sem paciência para escutar ou brincar com vocês. Eventualmente vou chegar exausta do trabalho e querer apenas tomar um banho e dormir. Eventualmente vou perder o controle e gritar com um de vocês, mesmo não querendo fazer isso e me arrependendo um segundo depois. Sei que tudo isso acontecerá uma ou algumas vezes, mas farei de tudo para que as lembranças boa sejam aquelas que vocês guardem de mim no coração por toda a vida.

Espero que vocês se lembrem do quanto rolamos no tapete da sala para brincar e de quantas vezes segurei suas mãozinhas gorduchas para passear no parque. 

Espero que vocês se lembrem de como era alegre quando a lua aparecia no céu e corríamos para ver porque vocês adoravam ver a lua. Espero que vocês se lembrem das girafas e castelos de Lego que montamos e das comidinhas imaginárias que vocês me fizeram experimentar no nosso jogo de panelas. 

Espero que vocês se lembrem de quantas noites eu passei ao lado de vocês abraçada só pra sentir seus corpinhos quentes e tentar guardar na memória seus cheirinhos de bebês. 

Espero que vocês se lembrem das festinhas de aniversário e dos docinhos que compartilhávamos. Espero que vocês se lembrem do quanto era divertido me verem secar o cabelo com o secador. 

Espero que vocês se lembrem dos nossos passeios no parque e das corridas atrás dos passarinhos e dos cachorros. Espero que vocês se lembrem das histórias que eu inventava para entreter vocês durante o almoço ou dos livros que eu líamos juntos viajando na imaginação. 
Espero que vocês se lembrem das decorações dos seus quartos que eu fiz com tanto amor e carinho para que vocês fossem felizes e tivessem seus espaços. 

Espero que vocês se lembrem da minha obsessão de tirar fotos com vocês para registrar cada momento especial ou cada cena linda do dia a dia para que pudéssemos olhar essas imagens depois de anos e ter viva a memória. 

Espero que vocês se lembrem dos abraços carinhosos e das pipocas quentinha que comíamos juntos embaixo do cobertor vendo um filme naquelas tardes frias de inverno. Espero que vocês se lembrem do primeiro dia da escola e que eu estava lá tentando me manter forte, mas com o coração apertado de mãe torcendo para que tudo desse certo. 

Espero que vocês se lembrem das nossas viagens em família, das risadas e brincadeiras com seu pai. Espero que se lembrem da algazarra que fazíamos no banho ou dos penteados malucos que eu inventava para vocês. 
Espero que vocês guardem no coração e na memória um pouquinho das inúmeras boas e amadas lembranças que temos juntos. 

Espero que vocês se lembrem do quanto eu amo vocês. 

Uma mensagem para o meu segundo filho

Assim como o seu irmão Lucas, você foi muito amada e desejada. Segunda filha de pais que são filhos únicos e, por esse motivo, desejaram muito que seu irmão tivesse companhia nessa vida e que nós – seu pai e eu – tivéssemos uma grande família e novas experiências com irmãos que não tivemos a oportunidade de ter.
Você chegou pra trazer leveza à minha vida de mãe. Foi você que chegou já com os caminhos da maternidade já escancarados na minha vida para me mostrar que não era impossível ser mãe de dois, que eu era capaz. Capaz de amar mais, capaz de cuidar mais, capaz de abdicar de mais para ser mãe de outro ser humano. 

Você me mostrou que eu já sabia muito agora sobre ser mãe, mas jamais saberei tudo. Mesmo com toda a experiência positiva do primeiro filho, seu irmão Lucas, ainda assim aprendo com você novidades dia após dia. 

Você é quem me mostrou o quão forte eu posso ser para dar conta de dois filhos no dia a dia sem perder o prumo, sem enlouquecer. Você é quem me mostrou que eu posso mais, que meus limites vão muito além do que eu posso imaginar. Você é quem me mostrou o quão maravilhosas são as diferenças entre os seres humanos, tornando cada filho único e exclusivo. Você é quem me faz chegar ao limite da exaustão sendo mãe de dois e, ao mesmo tempo sorrir, vendo o lado bom das coisas.

Você é quem me mostrou o quanto existem diferenças entre homens e mulheres na sociedade ainda, mesmo nos dias atuais. Você é quem me mostrou que preciso criar você uma mulher forte, independente, empoderada para ser o que quiser e não aquilo que a sociedade espera que você seja. Você é quem me mostrou que preciso todos os dias lutar pela igualdade de gêneros e que preciso ser firme no propósito feminista na sua educação, para que você seja livre para suas próprias escolhas, assim como seus avós fizeram comigo.

Você é quem me mostrou que para o amor não há limites, que em coração de mãe sempre cabe mais um – ou dois, ou três ou cem ou mil. Você é quem me deu certeza de que amor se multiplica e não se divide. Você é quem me mostrou a alegria de ter uma família completa.

Essa mensagem é meu modo de dizer obrigada por aceitar ser minha filha, por me proporcionar tanta vida, ensinamentos e amor. E estamos só começando, porque eu tenho uma vida inteira pela frente de amor infinito e aprendizados contigo.

Alice, minha doce filha e leveza da minha alma, amo você! 

Uma mensagem ao meu meu primeiro filho

Você foi desejado e amado desde o primeiro dia. Eu sonhei com você desde muito antes de você nascer. E sempre tive absoluta certeza de que seria um menino. E que menino! 
Você me proporcionou uma barriga imensa, muito inchaço e uma pré eclampsia no final da gravidez. E me proporcionou o maior amor do mundo. Um amor sobrenatural, que eu não sabia da existência até então. Um amor de outras vidas, porque quando olhei nos seus olhos pela primeira vez naquele 21 de novembro de 2015 eu sabia que conhecia sua alma de outras vidas e te disse: “bem vindo, meu amor. De novo” . E “de novo” porque nossa conexão de almas era intensa e de muito tempo além dessa vida. Sempre foi nítido pra mim. 

Você me mudou pra sempre. Foi você quem me abriu os caminhos da maternidade, me mostrou um amor sem fim, puro e verdadeiro, me ensinou a ser mãe. E por você, meu mundo virou do avesso, cheio de dúvidas da minha capacidade de cuidar e educar você, mas sem a menor dúvida de que meu amor por ti cresce dia após dia. 

E todos os dias você me transforma, pouco a pouco, num ser humano melhor. Todos os dias, por você, aprendo a ser mais paciente para entender suas necessidades, que são tão diferentes das minhas. Todos os dias, por você, aprendo coisas novas na tentativa de melhor educá-lo. Todos os dias eu aprendo a administrar melhor o meu tempo e minhas tarefas para passar mais tempo com você. Todos os dias eu descubro o mundo (de novo) pelo seu olhar, sentindo novas sensações, emoções, cores, cheiros e sabores como se fossem a primeira vez. Com você eu ganho um olhar de criança descobrindo o mundo que há muito tempo eu havia perdido até você chegar. Todos os dias eu me reconstruo e repenso minha vida e meus valores buscando o melhor pra nós dois. Todos os dias eu acordo com vontade de viver só pra ver o seus olhinhos brilhantes, ter seu abraço apertado e o sentimento que você me traz de ser a pessoa mais importante do mundo, no seu mundo. Todos os dias aguço minha criatividade com novas brincadeiras e me reinvento para estimular o seu sorriso. E que sorriso lindo você tem! 

Essa mensagem é meu modo de dizer obrigada por aceitar ser meu filho, por me proporcionar tanta vida, ensinamentos e amor. E estamos só começando, porque eu tenho uma vida inteira pela frente de amor infinito e aprendizados contigo. 
E hoje você, com toda a sua doçura, deixa de ser meu filho único e abre, mesmo sem saber, caminho para mais amor. Hoje deixamos de ser três – eu, você e seu pai – para nos tornarmos quatro com a chegada da sua irmã Alice. E, mais uma vez você me ensina a amar sem limites, me mostrando que amor não se divide, mas se multiplica. 

Lucas, meu primeiro filho e principal agente de mudança na minha vida, amo você! 

Amor, meu grande amor 

Ninguém nunca me olhou assim como você, com esse olhar de amor infinito à primeira vista. Quando nos encontramos pela primeira vez e os nossos olhares se cruzaram, foi um encontro de almas, um amor infinito derramado instantaneamente. Só você tem por mim esse olhar profundo, que enxerga minhas qualidades e releva meus defeitos.

Ninguém sente tanta alegria ao me ver sair do banho só para sentir o cheiro do meu cabelo limpo. Ninguém fica tão feliz e curioso ao me ver de roupa nova e, ao mesmo tempo, conhece a cor e o cheiro de todas as peças que eu tenho no guarda-roupa. 

Ninguém gosta tanto de sentir o toque da minha pele, o calor dos meus beijos roubados sem hora exata. 

Ninguém tem um sorriso mais sincero e encantador ao me ver quando acorda. Mesmo que minha noite tenha sido repleta de pesadelos, medos e solidão, não há um único dia que você, ao despertar, não me sorria e encha minha vida de alegria por todos os meus poros, me dando o ânimo suficiente para prosseguir. Ninguém me rouba mais sorrisos sinceros e gargalhadas inusitadas.

Ninguém segura a minha mão como você, que me usa como apoio para seguir a caminhada da vida, me arrastando com seus passos apressados em busca do novo. Nada me faz mais feliz do que ser seu porto seguro, aquela para a qual você corre, seja na alegria ou na tristeza. 

Ninguém me dá o abraço mais caloroso e espontâneo, daqueles que a gente não quer desgrudar nunca mais, daqueles que a gente pode ficar grudado horas a fio sentindo o coração um do outro bater, tamanha a proximidade dos nossos corpos.

Ninguém mais cabe tanto no meu colo quanto você. Um encaixe perfeito, um enlace de amor eterno. Pra você meu colo estará sempre disponível, não importa se agora ou daqui há 30 anos. E ele terá o mesmo amor e o mesmo efeito de cura instantânea para todos os seus medos. 

Ninguém mais tem tanta alegria em dividir a vida comigo quanto você. Só você, com sua alegria infinita, vem para mim a cada encontro me contando como foi seu dia, com todos os detalhes da sua simplicidades, com seu olhar mágico para o novo, como se cada dia tivesse sido o melhor dia da sua vida. E é, na sua doce e simples compreensão do mundo, cada dia vivido é o melhor da sua vida.

Ninguém ama mais a mim do que você, meu filho. E, ninguém no mundo, te ama mais do que eu.

Ninguém viu, ninguém vê…


Ninguém vê que mãe recém-nascida precisa de colo. Depois de parir sua cria por horas a fio ou sofrer os incômodos no pós parto de uma cesárea, ninguém vê que a mãe precisa de cuidados, de abraços, de empatia.

Ninguém vê que mãe também tem fome, sede, frio e sono, muito, muito, muito sono a ponto da cabeça estourar, do corpo inteiro doer, dela achar que não vai suportar a pressão de cuidar dos filhos e de si mesma.

Ninguém vê que mãe precisa de banho, ir ao banheiro, tirar o pijama cheirando a leite para não levar sua auto estima (ou muitas vezes o que sobrou dela) pelo ralo.

Ninguém vê que mãe precisa arejar, precisa de ar, precisa respirar antes que sufoque.

Ninguém vê que os dias longos das mães se misturam com as noites, em ciclos infinitos que as fazem perder a noção de tempo. Ninguém vê a solidão das noites maternas que avassalam o coração e dilaceram a alma. Ninguém vê a escuridão.

Ninguém vê que mãe precisa conversar para manter um pouco a sua sanidade mental, principalmente ouvir outras vozes adultas, falando de qualquer outro assunto que não sejam os filhos. Ninguém vê que mãe precisa manter aberta uma janela para o mundo, lembrar que existe vida além da maternidade e não apenas se afundar na escuridão do puerpério.

Ninguém vê que mãe precisa ser ouvida, passar periodicamente por aquela sessão de descarrego verbal, que custa aos outros ouvir, mas que alivia, um pouco que seja, a alma de uma mãe cansada. 

Ninguém que vê que mãe não precisa de palpites e muito menos de julgamentos. Mãe precisa de empatia, de um abraço apertado quando seu mundo exterior, mas, principalmente, o interior, está a desabar. 

Ninguém vê que mãe não precisa de vozes cheias de certezas em seus palpites apontando seus dedos afiados em sugestões e críticas de como fazer isso ou aquilo, de como ser isso ou aquilo. Ninguém vê que mãe não precisa de intromissão. Mãe precisa ter voz, a própria voz, sem interferência, apenas compaixão e respeito para que ela seja livre em suas escolhas maternas.

Ninguém vê que mãe às vezes precisa chorar. Chorar até cair todas as lágrimas, até o último dos soluços, chorar não aquele choro baixinho que as mães choram escondido no banheiro tantas e tantas vezes durante a maternidade por medo ou cansaço, mas chorar alto e forte com todas as forças que ainda lhe restam ou buscando as forças que já há tempos lhe faltam. 

Todos vêem os bebês, mas ninguém vê, verdadeiramente, a mãe.