Nem parece que ela está grávida…


Estamos tão acostumadas com grávidas enormes, com o andar modificado em razão do novo corpo e acariciando a barriga, que qualquer coisa que desvie deste padrão provoca críticas e desconfiança.

Algumas vezes a pressão para não engordar vem do próprio obstetra, já que uma parte dos médicos acredita que um ganho reduzido de peso beneficia a mãe, o bebê e facilita o parto e a recuperação.

Outras vezes, a própria mulher, ou seu companheiro, não consegue se identificar com este padrão de grávida que mostra orgulhosa sua condição de futura mãe. Talvez a gravidez coincida com um período de ascensão profissional e se entregar tão descaradamente a este papel possa ser constrangedor. Ou tem medo que as modificações do corpo sejam irreversíveis, ou está tão preocupada com o que faz bem ao bebê que se torna seletiva, ou sente enjôo, ou azia, ou tudo junto…

A verdade é que a construção da parentalidade, a transformação de filha para mãe, se dá ao longo de uma vida e de maneira absolutamente individual. E é única na gravidez de cada filho. As modificações do corpo são apenas uma pequena parte deste processo. Muito se passa internamente, sem que possamos ver. O tamanho da barriga nos diz muito pouco sobre a grávida e julgar a partir deste ponto de vista nos conduz a erros grosseiros.

Nem sempre o que nos parece estranho, porque não faríamos daquela forma, vai dar errado para a outra pessoa. Assim como algumas vezes nos surpreendemos com uma grávida que faria tudo como faríamos e se atrapalha após a nascimento do bebê, de uma forma que nunca imaginamos.

Ou seja, fique tranquila a respeito das escolhas alheias. Se a grávida em questão for uma amiga querida, pergunte se ela está bem e ofereça a ajuda que ela precisar.

A gravidez sempre traz emoções boas, mas também medos, dúvidas, ansiedade.

Aquela mulher que não tem uma barriga grande não está em melhores ou piores condições do que a outra que está barriguda.

Se você é a grávida que está com a barriga grande ou pequena demais – para os outros – relaxe! Agora ao menos você sabe que não é nada pessoal, a gravidez gera atenção, interesse e críticas.

Agora, se você está grávida e sabe que não está bem, procure ajuda profissional. É um carinho que toda grávida merece.

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Texto por Núcleo da Família – Clínica de Psicologia http://www.nucleodafamilia.com.br / Telefone: (11) 4872-2935 / e-mail: contato@nucleodafamilia.com.br / Endereço: Avenida Rouxinol, 60 – conjuntos 708/710 – Moema – São Paulo – SP / Horário de Atendimento: Segunda a Sexta das 7 às 21h

Por que a gravidez não é tão simples como imaginamos?

  

Por que tanta coisa muda entre desejarmos um filho e nos descobrirmos grávidas?

Serge Lebovici, psiquiatra e psicanalista francês que estudou muito as questões referentes ao processo de se tornar pai e mãe no século XX, nos dá uma importante pista. Para ele, a mulher espera 4 bebês:

· O bebê real – é o bebê que está na barriga, com todas as suas características orgânicas e reais. Ele vai ganhando características conhecidas a cada ultrassom: quanto pesa, qual seu tamanho, quais seus traços.

· O bebê fantasmático – é o bebê do desejo de ter filhos, que acompanha o pai e a mãe desde que se imaginam constituindo uma família, desde a sua infância e tem a ver com a relação que pai e mãe estabeleceram com seus próprios pais. É o bebê de quando a menina brincava de bonecas. Seria um menino? Uma menina? Gêmeos? Gordinho ou magrinho?

· O bebê imaginário – é aquele que se imagina a partir da concepção, a quem emprestamos expectativas de como vai ser: moreno como o pai, extrovertida como a mãe, por exemplo.

· O bebê cultural – o que se espera de um bebê naquele momento histórico e cultural. Como nasce e se desenvolve um bebê “normal” nos dias de hoje?

Estes bebês se intercalam durante toda a gravidez, tanto para o pai como para a mãe.

O quanto o bebê imaginado se parece ou não com o bebê real é, inclusive, um dos fatores que influenciam o estado emocional da mãe após o parto. Caso seja muito diferente, exige um grande esforço de adaptação por parte dos pais.

O ideal é que durante a gravidez e nos primeiros meses do bebê os pais e familiares possam ir ao encontro do bebê real. Quem é este bebê? Quais suas características? Do que ele precisa?
Dependendo da história de cada família, algum destes bebês pode gerar maior ansiedade para os pais e impedi-los de encontrar o bebê real. Um suporte psicológico ainda durante a gestação ou no primeiro ano do bebê pode ajudar as famílias a encontrarem mais prazer em suas funções de pai e mãe e aumentarem a qualidade do vínculo com seu bebê.

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Texto por Núcleo da Família – Clínica de Psicologia http://www.nucleodafamilia.com.br / Telefone: (11) 4872-2935 / e-mail: contato@nucleodafamilia.com.br / Endereço: Avenida Rouxinol, 60 – conjuntos 708/710 – Moema – São Paulo – SP / Horário de Atendimento: Segunda a Sexta das 7 às 21h

Como anunciar a gravidez de maneira criativa

Eu confesso que adoro pensar em coisas diferentes para todo tipo de situação na minha vida. Pode ser festa de aniversário, pode ser presente pro marido, pode ser chá de bebê, o que for. Eu adoro usar a minha criatividade e com o anúncio público da gravidez, foi exatamente igual.

Eu e meu marido já havíamos contado obviamente para parentes e amigos próximos, mas queríamos dar também a notícia de forma mais abrangente para aqueles que não estão conosco sempre no dia a dia, mas estão de alguma maneira no coração. Decidimos então fazer uma foto para publicar nas nossas redes sociais com o anúncio da gravidez.

Aproveito para compartilhar as nossas referências com as mamães se papais que estão pensando em como fazer esse anúncio para o mundo.

Dá uma olhada aí para se inspirar:

   
    
    
    
    
   
E essa foi a foto com a qual anunciamos a vinda do Lucas ao mundo.

Eu e meu marido usamos o primeiro sapatinho que compramos para o Lucas e também os nossos primeiros sapatinhos que nossas mães guardaram com carinho como recordação. 

 E aí, gostaram?

 

Considerações sobre a gravidez 

  
Considerações sobre a gravidez:

– Barriga de grávida é que nem corrimão, todo mundo põe a mão.

– Todos amam as grávidas, mas não há educação suficiente no mundo ainda para dar lugar ou passagem a elas.

– Filas preferenciais são sucesso, as barrigudinhas adoram.

– Todo mundo tem conselhos sobre a gravidez / maternidade e acham que devem dá-los mesmo sem você pedir.

– A maternidade é linda, mas os enjoos são f***.

– O sono é interminável, mas dormir é outra história. Sono de 8 horas é ilusão e dormir sentada é uma arte. 

– Nada traz mais saudade da vida pré-gravidez do que usar calças jeans e comer sushi.

– Tirando toda a fofurice da situação e pensando racionalmente, é muito louco imaginar e sentir que tem alguém crescendo na sua barriga. É meio Alien isso…

– Chega o momento que tudo dói, as costas, as pernas, a cabeça, a barriga e até a consciência por ter comido chocolate.

– O cabelo cai interminavelmente no começo e você acha que pode dar a luz a um bebê que, ao nascer, talvez tenha mais cabelo do que você. No final da gravidez você é compensada com volume extra de cabelo que nunca teve. A ironia é que você não pode fazer progressiva.

– Os seios doem e usar top ao invés de sutiã pode te transformar em uma atleta em tempo integral #sqn

– Colocar meias e sapatos de cadarço pode ser uma aventura cada vez mais difícil, assim como vestir os pés das próprias calças.

– Levantar da cama tem nível de dificuldades e você pode parecer ridícula no meio da noite para alguém que olharia de fora você se levantar. Rola de um lado, depois do outro, balança as pernas no ar pra dar impulso, a barriga não deixa você sair do lugar e você continua estagnada até seu marido acordar e dar aquele apoio empurrando suas costas. Ufa, levantamos!

– Nem no MMA o estômago de alguém pode ser tão pressionado.

– O bebê na sua barriga não entende muito sobre dia e noite. Ele gosta muito de brincar depois das 23h e não tem hora para terminar.

– Você é constantemente tida como louca porque fala com sua barriga o tempo todo, põe músicas para sua barriga ouvir e canta pra ela. E acreditem, ela reponde!

– Você vai mais ao banheiro fazer xixi do que uma criança de 3 anos que tomou 2 litros de água na festinha.

– As cãibras noturnas são a única coisa que podem te ajudar a levantar da cama em uma tacada só, mesmo com uma barriga enorme e sem ajuda.

– Sua circulação fica uma m****, confesse! Você é um inchaço permanente e torce para os dias frios te darem algum alívio.

– Nada do que te contaram ou você leu sobre gravidez é o suficiente quando você está realmente grávida.

– Dor é para os fracos, grávidas não tomam remédio, aliás desconfiam do que o próprio médico com medo de fazer mal para o nenê. Não tomamos remédio, nem uma série de sucos, não comemos canela, nem sushi, nem carne mal passada, nem salada em locais que não podemos ver o preparo, nem qualquer coisa que alguém um dia já ouviu falar que talvez possa em algum momento fazer mal para o bebê porque a sobrinha por parte de pai da tia de uma amiga da sua mãe falou que talvez faça mal. Mães temem pelos filhos desde sempre.

– A contagem de gravidez por semanas é bizarra e quem não teve filhos sempre pergunta de quantos meses você está e você começa a resposta com “Bom, isso é relativo, considerando que a contagem das semana é feita a partir da sua última menstruação e que nesse ponto você ainda não engravidou realmente, o que vai acontecer somente umas duas semanas depois e que na verdade os meses são contados quando terminam, então você antes de engravidar achava que ao chegar nos 9 meses seu bebê nascia, mas na verdade você completa quase 10 e tem médicos que contam meses com 5 semanas dependendo da idade gestacional, você pode atingir até 42 semanas no final da gravidez…” Aí você desiste e reponde “Mais ou menos 7 meses” 

– É inevitável olhar o signo do seu bebê quando descobre a data prevista do parto.

– Você faz parte de grupos de mães no Facebook, nos aplicativos e em qualquer lugar e descobre histórias bizarras que a fazem pensar o quanto normal é a sua vida e agradecer por isso.

– Você ainda não tem seu bebê nos braços, mas já é mãe assim que sabe da gravidez, preocupando-se como tal, se o bebê mexe demais, se mexe de menos, quando é o próximo ultrassom, se está tudo bem com o bebê, se seus nutrientes estão chegando nele, etc… Para as mais afoitas como eu, já penso como será o parto, a amamentação, os primeiros passos, como fazê-lo ter uma alimentação saudável, se vou consegui educá-lo e fazê-lo andar com boas companhias, se ele ainda vai me amar na adolescência, como serão os relacionamentos amorosos, como vou ter que falar sobre sexo com ele e se ele terá previdência privada ao fim da vida. Você pode ter intermináveis noites de sono pensando nisso.

Apesar dos pesares, tudo compensa e faríamos tudo de novo para ter um bebê fofinho e saudável 😉